
- Um cavalo centralizado pode exercer a mesma influência (força) de uma torre.
- Um cavalo mal posicionado é uma desvantagem quase permanente pois perderá muito tempo para voltar ao campo central.
Kannkeen (Buho21 e Jaquemate)
- Um cavalo centralizado pode exercer a mesma influência (força) de uma torre.
- Um cavalo mal posicionado é uma desvantagem quase permanente pois perderá muito tempo para voltar ao campo central.
Kannkeen (Buho21 e Jaquemate)
- O bispo, para poder trabalhar com total ação, deve se posicionar em diagonais abertas. Nesta condição, seu longo poder de alcance demonstra sua força.
- Um bispo bem posicionado é um fator estratégico muito importante.
- O bispo não pode ficar limitado (movimentos) por seus próprios peões (bispo mau)
- O bispo quando se posiciona em g2 (normalmente na abertura) determina todo o caráter da posição.
- Seus peões devem estar em casas de diferente cor das casas por onde seu bispo se movimenta. Logicamente isto se dá para os casos em que os peões estejam imóveis.
- Sempre devemos nos livrar dos bispos maus.
- Bispos de cores opostas são passíveis de empate quando não existirem outras peças no tabuleiro.
- Par de Bispos:
Obter o par de bispos é obter vantagem decisiva!
Todas as casas são controladas quando se possui o par de bispos e seu poder em posição aberta se torna notável.
- Não é o valor intrínseco do par de bispos que realmente importa. O que mais importa é que se torna fácil escolher trocar um dos seus bispos por uma peça inimiga ativa. Geralmente o lado que possui o par de bispos está numa posição muito melhor, o que favorece a trocar com mais vantagem do que o lado que possui 2 outras peças menores.
- O plano estratégico elaborado por Steinitz para o lado que possui o par de bispos consiste em:
1) corretos avanços de peões a fim de privar os cavalos adversários de suas efetivas bases de operações;
2) Pressionar os cavalos para posições desfavoráveis;
3) Explorar a posição restringida dos cavalos e romper a posição no momento certo.
- Sob proteção do par de bispos, o Rei geralmente encontra facilidade em se dirigir para o centro. O Rei adversário pelo contrário, se torna restringido e longe do centro.
Olá Pessoal!
Sei que quase todos os blogs de xadrez brasileiros publicaram a carta aberta do GM André Diamant em relação a sua partida (última rodada) com o GM Giovanni Vescovi no Torneio Festa da Uva 2010, ocorrido em Caxias do Sul.
Porém deixarei aqui tudo que foi escrito da parte do Giovanni, do André, o vídeo mostrando os últimos momentos e minha opinião de enxadrista.
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Carta aberta do GM André Diamant
São Paulo, 11 de Março de 2010.
Prezados enxadristas,
Quero levar ao conhecimento de todos a minha versão do que aconteceu noArmageddon (desempate do ponto, após empate na partida pensada), ocorrido pela 9ª rodada do XI Aberto Festa da Uva, no último dia 7 de março, disputado entre o GM Giovanni Vescovi e eu.
Os últimos minutos da partida foram gravados em vídeo e está publicado aqui no blog do Krikor (http://krikorsm.blogspot.com/). O vídeo começa com Dh4 quando estou melhor. Logo em seguida resolvi simplificar, já que meu adversário estava muito comprometido no tempo. Para mim, era claro que a vitória viria quando chegamos ao final de Damas.
Como pode ser visto no vídeo, em nenhum momento meu adversário reclama da maneira como eu jogo. Não há imagens minhas derrubando as peças ou deixando-as no meio das casas, e muito menos tenho tempo para analisar a posição durante o ajuste do relógio, como sugerido em seu blog(http://espnbrasil.terra.com.br/giovannivescovi/post/107571_IVANCHUK+SOFRE+MAS+VENCE+O+XI+ABERTO+DA+FESTA+DA+UVA).
Gostaria também de deixar claro que, de acordo com as regras da FIDE, em partidas relâmpago o jogador não pode exigir empate em posição nenhuma (nesse caso, o empate era favorável a ele, pois estávamos no Armageddon, e Vescovi tinha pretas) e que o árbitro que acompanhava a partida não declarou empate quando solicitado. Giovanni, que reconhece a existência da regra em seu blog, certamente também não me concederia o empate se estivesse na minha situação.
Na minha opinião, meu adversário, ao ver sua seta bem perto de cair, em atitude de desespero, parou a partida, pegou o relógio e começou a intimidar os árbitros para trocá-lo, alegando que o mesmo (utilizado na partida pensada e até ali no Armageddon) estava com defeito. Vale relembrar que, um jogador como ele, com 24 anos de experiência nacional e internacional em torneios de alto nível, sabe o quão proibido é parar e pegar o relógio com a mão, especialmente durante um apuro de tempo sem acréscimo.
Eu, muito surpreso, não tive atitude para confrontar meu adversário, e o relógio foi de fato trocado pela arbitragem, por outro analógico. O critério utilizado para ajustar o tempo, o “olhômetro”, provavelmente me custou alguns segundos que foram perdidos quando o relógio estava nas mãos do meu adversário. No fim, eu que tinha boa vantagem de tempo acabei perdendo poucos lances mais tarde.
No entanto, em seu post, uma questão não foi esclarecida. Já que jogamos a partida pensada toda e o Armageddon até ali com o dito relógio, por que justo aquele momento de tensão e desvantagem foi o escolhido para questionar o funcionamento do relógio e trocá-lo? Na velocidade em que estávamos jogando, considero virtualmente impossível perceber que o relógio estava sem corda, ou, de fato, com defeito.
GM André Diamant
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Do blog do GM Giovanni Vescovi:
" Na última rodada errei na abertura mas me defendi bem contra Andre Diamant e tivemos que disputar um tumultuado desempate.
Armaggedon
No calor da disputa ninguém se deu ao trabalho de pedir à organização um jogo de peças mais pesado e um relógio digital e isso foi um problema que comprometeu a justiça do resultado. As peças escorregavam muito e em um par de ocasiões tive que pedir ao adversário que as ajeitasse. Mas o problema crucial foi relativo ao relógio: a certa altura o relógio das brancas (Diamant) parou de andar.
Reclamei ao árbitro, deu-se corda no relógio rapidamente (afinal era um relâmpago e meu adversário ganhava segundos preciosos para pensar na sua jogada seguinte) e a partida continuou. Instantes mais tarde, já num final empatado de dama e dois peões para cada lado, novamente o relógio de meu adversário deixa de correr. Indignado e sem outras opções, exigi a troca do relógio. Agora o protesto vinha de meu adversário: como trocar o relógio a essa altura, e ainda mais como saber exatamente quantos segundos restavam para cada lado? Já não se falava mais em xadrez, e era evidente que as brancas utilizariam o regulamente e jogariam a dama para lá e para cá até fazer a seta das pretas cair.
Trocado o relógio a partida continuou com as brancas tendo pouco mais de meio minuto e as pretas por volta de 15 segundos. Para confundir meu adversário resolvi entregar um peão, o que curiosamente acabou sendo bom, pois a dama branca ficou mal posicionada e as pretas passaram a dar xeque perpétuo. Mas isso pouco importava, afinal não se pode reclamar as regras de empate em relâmpago (embora a leitura do Apendice das Leis do Xadrez no Handbook da FIDE não seja clara). De todo modo, ganharia quem fosse mais rápido no gatilho, e por estar com o relógio à minha direita acabei sendo eu.
Essa tremenda confusão deixou ambos os jogadores com uma terrível sensação de injustiça: quanto tempo o relógio deixou de funcionar, quanto tempo a mais para refletir meu adversário teve nas duas interrupções, será que nenhum dos lados foi prejudicado ou favorecido na troca do relógio? São perguntas sem respostas. A tecnologia veio para ajudar, e nada disso teria acontecido com um bom relógio digital. Mas pelo menos o público se divertiu..."
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Minha opinião:
Pelo que vi do Vídeo abaixo postado, a posição está igual, e sem quaisquer perspectivas para qualquer lado, já que ambos possuem 2 peões na ala do Rei, Rei protegidos e as Damas não forçam vitória nesta posição. O que vejo aqui é uma bateção de peças até o tempo cair para ver quem vence. Ao meu ver, não importa as regras da Fide ou qualquer tipo de regras e sim o bom senso, tão esquecido pela grande parte dos enxadristas que só pensam em vencer, não importa como! A posição é de empate e se na regra do torneio o empate significa em vitória para as negras, então Vescovi deveria sair vitorioso sim, mas não da maneira que aconteceu realmente.
Diamant está certo quando questiona a dúvida do Vescovi em relação ao relógio justo quando temos alguns segundos para cair a seta de ambos os jogadores. Mas eu acho que o Diamant deveria ter aceitado o empate porque é ridículo ficar forçando este tipo de posição.
É claro que se o empate não tivesse sido oferecido, aí sim os 2 poderiam jogar até cair o tempo de um deles.
Logicamente ambos os jogadores, assim como outros também argumentariam, dizendo algo do tipo: “E se um dos jogadores pendurarem os 2 peões?” Acho que a resposta mais adequada seria que isto não é xadrez, isto é querer ganhar na malandragem! Caso o Diamant não tivesse pendurado um peão, e tivesse a vantagem de 3x2 na mesma ala, tudo bem, mas do jeito que estava a posição, é empate, até mesmo pelo respeito que se deve ter com seu adversário!
Logicamente o que o Giovanni fez não se faz; pegar o relógio, ficar questionando se que o tempo não está passando para seu adversário, sendo que o mesmo relógio foi utilizado desde a partida pensada até o Armageddon e nada tinha ocorrido de errado. É palhaçada. É uma vergonha um GM desde porte fazer um absurdo como este.
Eu tenho certeza que eu ficaria sem reação e extremamente nervoso se isto tivesse acontecido comigo.
Particularmente duvido que ele teria feito o mesmo em algum torneio da Europa enfrentando qualquer Gm que seja! Mas aqui no Brasil pode tudo, né? É brincadeira?!
Cadê o árbitro? Não vai contestá-lo só porque ele é um GM há muito tempo? O árbitro existe para isto mesmo, para intervir quando for necessário e manter a ordem do jogo! Trocar um relógio analógico por outro igual foi realmente uma burrice sem tamanho!
Resumindo: Concordo com a revolta do Diamant mas no fundo ele sabe que a partida estava empatada e que ele receberia a derrota pelas regras do torneio de qualquer maneira. Uma decepção para mim ver um GM que eu admirava tanto fazer um sujeira como esta.
Já vi muita gente dizer que isto só acontece por causa da premiação. Sempre que aparece dinheiro na situação é que vemos quem tem caráter ou não!
Daniel Yoshito Ikejiri
Vídeo:
Olá pessoal! Hoje darei continuidade na parte estratégica do xadrez. Falarei sobre como e quando decidir atacar no xadrez. Vamos lá:
- Devemos analisar a prosperidade da posição para ambos os lados.
Tal análise é muito importante para calcularmos particulares séries de movimentos.
É claro que devemos manobrar a fim de conseguir uma posição melhor para nossas peças e portanto a avaliação é muito importante.
- Logicamente se a prosperidade da posição é a mesma para ambos os lados então dizemos que a posição está igual.
- A vantagem das brancas de saírem com o lance inicial pode ser neutralizado pelas negras entre o 12º e o 20º lance. Porém a vantagem das brancas se dá em que qualquer descuido por parte das negras, as brancas ganhem vantagem considerável (tempo, vantagem em espaço, etc.)
- A fim de forçar alguma vantagem, você deve criar estratégias e problemas táticos para o adversário.
- O princípio bem conhecido da ciência e da guerra diz que para executarmos um ataque bem sucedido, temos que ter mais peças atacando do que peças defensivas do adversário. Este conceito também é aplicado no Xadrez.
- Não ataque se você estiver mais fraco (desvantagem posicional, material). Caso contrário você sofrerá desvantagem decisiva.
- Para conduzir um ataque, devemos ter peças mais ativas, vantagem em espaço, peões móveis, ou pontos fracos na posição inimiga.
- Uma vantagem estratégica (desequilíbrio de forças) não leva sempre à vitória, pois há finais salvadores para o lado mais fraco. Esta é uma das dicas que leva sempre aos jogadores que querem progredir a estudar finais!
- A iniciativa é o primeiro passo para um ataque.
Muitas vezes se sacrifica um peão a fim de conseguir a iniciativa.
Até Mais!
Daniel Yoshito Ikejiri